15.3.15

Rabiscos: Quando o diferente nos diferiu

E eles sempre foram tão diferentes em tantos aspectos, mas por um longo tempo isso os manteve juntos e próximos, mas o tempo foi passando e as diferenças foram os diferindo. Ela sempre foi "tudo", e ele sempre foi "nada". Ela sentia demais, e ele sentia de menos. Ela expressava o que não conseguia guardar para si, ele expressava o que conseguia.

Ele se apaixonou por ela, e ela nunca o via como uma possibilidade. Ele não desistiu, e ela caiu em seus encantos, não queria, nunca quis, já havia se machucado demais, e não queria mais uma triste história para sua coleção. Mas não conseguiu evitar, ele conseguiu a ganhar. E quando ela se apaixona é como Voltaire dizia: "As paixões são os ventos que enfunam as velas dos barcos." Ela sempre foi do tipo de se importar demais, e ele se importar de menos, ele que a fez se apaixonar, ele que começou a história dos dois, mas ela que lutou, ela tentou mudar para melhor, e teve conversas para ele mudar também, não deu. Ele começou com a história deles, e ele que terminou. Ele a fez se apaixonar, e ele a fez sofrer.

Enquanto ele deve estar levando a vida normal, talvez apenas com algum pouco de receio, ela esta sofrendo, e chorando tanto quanto a chuva que cai lá fora. Porque ele sempre expressou de menos, e ela sempre expressou demais. Porque ele só dizia que era intenso, e ela realmente era. Porque ela não entrava no mar até a canela, ela mergulhava com tudo. Grande defeito, querer demais, fazer demais, esperar demais, não ter nada.

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