Entrevista: Ser jornalista, é uma boa?

Essa entrevista foi feita no ano passado, para um trabalho de escola. Já que eu queria e vou prestar jornalismo, tinha que pegar um profissional da área e entrevista-lo, louco né? Entrevistar uma jornalista é bem louco! Hahaha E por que eu resolvi postar agora? Porque nessa terça-feira (13/01) sai o resultado do Enem e muitas pessoas estão em duvida de que curso se inscrever no ProUni, FIES e etc, e vai que tem vários jovens em duvida se querem ou não prestar jornalismo? Minha ideia e intenção é ajuda-los.

A entrevistada foi a Viviane Guimarães Bevilacqua, professora da Universidade do sul de Santa Catarina (Unisul), e colunista no Diário Catarinense.

Então, vamos conferir a entrevista?

Pergunta: Quais as realizações pessoais x As suas realizações profissionais?
Resposta: As duas se misturam muito. O fato de ser jornalista me faz muito feliz, e isso se reflete na minha vida pessoal também, porque quando a gente trabalha no que gosta, com certeza é uma pessoa melhor, de bem com a vida, de bem com a família e o mundo. Minha maior realização como jornalista foi poder viajar bastante por aí, dentro e fora do Brasil, trabalhando. Minha maior realização pessoal foi ser mãe de dois filhos maravilhosos.

P: Quais são as oportunidades profissionais?
R: O mercado de trabalho para jornalista está em uma fase de transição, nem a gente que trabalha na área sabe bem o que está acontecendo. Hoje, sabemos que o jornal impresso está atravessando uma fase ruim, de demissões, cortes de despesas e coisas do tipo. Em compensação, na web um campo nono se abre para os profissionais, assim como as TVs pagas (fechadas), que também estão com uma boa programação jornalística. Além disso, sempre há o campo da assessoria de imprensa para empresas, ongs, governos, que pode ser um bom mercado também. (Lembrando que essa entrevista foi feita em meados de setembro e essa questão pode ter mudado hoje)

P: Profissão x Remuneração
R: Este é um problema real da categoria. Se você quiser ficar rico, jornalismo não é a melhor profissão (com raras exceções). Mas, dá para viver com dignidade, mas sempre controlando o orçamento...

P: Qual o cotidiano profissional?
R: Eu hoje sou colunista do Diário Catarinense, tenho uma coluna diária sobre comportamento/família/cotidiano. E nos domingos escrevo uma crônica na Revista Donna DC, mais dedicada ao público feminino. E de vez em quando colaboro com algumas reportagens e cadernos especiais. Mas durante mais de 25 anos fui repórter.

P: O que levou a escolha da profissão?
R: Várias coisas, mas principalmente o fato de gostar de ler, de escrever, de contar histórias e de se muito curiosa.

P: Quais dicas você daria para alguém que quer ser um profissional de sucesso na área?
R: Exatamente estas: ler bastante, ser atualizado, saber o que acontece no mundo, praticar o português, aproveitar as oportunidades que surgirem (tipo estágios, por exemplo) e dedicar-se bastante.

P: Como iniciar a carreira? E quais as dificuldades do inicio da trajetória?
R: O melhor jeito de iniciar a carreira é fazendo estágio - mesmo que o salário (ou ajuda de custo) seja baixo, porque é preciso praticar bastante. Escrever se aprende na prática, não adianta só dominar a teoria se na hora de escrever a coisa não funciona. As dificuldades estão relacionadas, na maioria das vezes, à falta de locais para começar a trabalhar, já que a maior parte dos veículos de comunicação exigem experiência prévia. Mas quem realmente quer, sempre consegue se destacar.

P: Quais as vantagens e desvantagens de ser uma jornalista?
R: Vantagens: conhecer muitas pessoas, dependendo da área de atuação você poderá viajar bastante, uma rotina quase que sem rotina, já que no jornalismo as coisas acontecem nos horários mais imprevistos.
Desvantagens: a maioria das profissões de nível superior paga salários melhores. O psico profissional da categoria é baixo, e não há muitas perspectivas de mudar este cenário. Outra coisa que o jornalista tem que lidar é com o fato de ter plantões nos finais de semana.

Eu sou suspeita demais pra falar, sou loucamente apaixonada por essa profissão, e olha que nem o curso comecei ainda - começarei no dia 2 de março #ansiosíssima -, mas os pontos negativos não se comparam aos positivos!

Certa vez uma aluna de jornalismo comentou em uma publicação minha sobre o curso: "Jornalismo não é pra quem quer ser estupidamente rico, é pra quem quer mudar o mundo!"

Tem dinheiro pra cumê? Tem! Tem dinheiro pra comprar roupa? Tem! Tem dinheiro pra comprar livros? Tem! Então pra mim ta bom!

Uma dica que dou a vocês: Nunca escolham uma profissão por o tanto de remuneração que ela irá lhe trazer, escolha com amor. Pois tudo que é bem feito pode se tornar destaque, um jornalista que vira destaque certamente ganha rios de dinheiro, agora, um engenheiro que não faz o trabalho com amor e não se esforça, certamente não vai conseguir muita coisa.

O que acharam da entrevista? Me contem nos comentários sobre ela, e o curso que cada um tem vontade de seguir <3 Beijos de luz!